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A ADORAÇÃO DO PONTO DE VISTA FEMININO

sexta-feira, 19 de março de 2010

Por Cindy Rethmeier
Adore ao Senhor de todo o seu coração, de toda sua alma e de todo o seu entendimento"

Esta é a prioridade que o Velho Testamento apresenta para os seguidores de Jeová. Jesus Cristo nos ensinou esta mesma lei e demonstrou isto de forma satisfatória. Do ponto de vista da mulher, me sento privilegiada em aprender através das Escrituras e do Espírito Santo toda a importância acerca da adoração.

É um privilégio aprender sobre a adoração como uma mulher. Uma das principais razões disto é que Jesus ensinou primeiro a uma mulher sobre a adoração em espírito. Em João 4:23-24, Jesus falou a uma mulher a respeito da marca de uma verdadeira adoração: "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade". Apesar desse texto ser tradicionalmente citado como um texto de conversão, dele também podemos captar a essência da adoração.

Jesus falava à mulher sobre um dia que era ali estabelecido a respeito da adoração em espírito. O que ele quer dizer quando se refere à "verdadeiros adoradores"? Temos respondido a Ele porque desejamos ser considerados seus "verdadeiros adoradores", aqueles que realmente pensam assim, que estão seriamente devotados a Ele. As Escrituras nos ensinam, a partir dessa passagem, que aquele que o que adora em espírito e em verdade verdadeiramente adora Jesus.

Este entendimento requer oração. Devemos buscar a face de Deus, trazendo à tona uma fome por Ele que substitui a aprovação do homem. Quando penso que Ele ensinou isso primeiro a uma mulher, fico espantada. Que confiança e respeito ele concedeu às mulheres quando nos escolheu para compartilhar a essência da intimidade através da adoração. Por que Jesus trouxe esse assunto da adoração primeiro a uma mulher, e não a um homem ou um de seus discípulos? Não sei a resposta, mas desconfio que Jesus facilmente poderia falar desse assunto. Creio que a resposta situa-se no modo peculiar de ser da mulher. Em geral, a mulher compreende a dinâmica de ligar-se emocionalmente àquele que adora e de quem depende. Como mulher, sei que para nós é mais fácil estar em submissão e dependência à vontade de Deus do que para os homens com quem tenho trabalhado. Em I Pedro, as Escrituras chamam a mulher de "vaso frágil", e como tal, não há uma luta contra a aparência de fragilidade como acontece com o homem.

Adoração exige nossas fraquezas. Afirmamos tanto com nossos corpos quanto com nossos lábios que Jesus Cristo é nosso Senhor e Rei. Reconhecemos que Ele é poderoso, e que nós, em nossas necessidades, somos incompletos sem Ele. Não somos completos ou capazes sem sua presença. Nos prostramos em adoração, e também em nossa fraqueza para dar tudo o que é devido ao nosso Rei.

Em Lucas 10, Maria acha fácil sentar-se aos pés de Jesus. Ele diz que ela escolheu a "boa parte" ou "parte boa". Jesus a usou como um exemplo do gesto mais necessário. Ele usou uma mulher para ensinar ao mundo sobre a adoração.

Em João 12, Maria é novamente encontrada aos pés de Jesus, ungindo-os e enxugando-os com seus cabelos. Ela não se inibe em mostrar sua adoração a Ele. Como tal, ela é um maravilhoso modelo de louvor e adoração. Como mulher, é fácil seguir a esse exemplo, ou usar esse episódio como um ensinamento de como se relacionar com Deus na adoração. Que experiência maravilhosa observar esses modelos — e há tantos outros — e examiná-los em profundidade na expressão da adoração. Uma mulher pode aprender facilmente com essa passagem das Escrituras.

Homens e mulheres lutam contra a maldição que resultou da queda. Sendo a luta da mulher dependente da aprovação do homem. Geralmente, ela não se sente importante senão estiver ligada a um homem. Gênesis 3:16 diz: "E o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará".

Homens lutam com um sentimento de satisfação e plenitude em suas ocupações. Não sabemos como cada indivíduo supera essas maldições em Jesus Cristo, mas observamos que as dinâmicas de adoração determinam certa liberdade em áreas da vida. Adoração libera a mulher para colocar sua dependência em Deus, o que pode capacitá-las a abrir mão de sua necessidade de aprovação. É uma questão de deixar suas necessidades de intimidade aos pés de Jesus Cristo, se libertando no louvor e na adoração.

Quando a mulher se encontra em plena adoração, ela se libera da necessidade de aprovação e do sentimento de vazio que procede do desejo de total dependência de um homem.

Que privilégio maravilhoso é buscar o coração de Deus e encontrá-lo na adoração. Ele se torna mais real que as coisas do mundo. Como mulher, me sinto mais à vontade para dançar numa adoração pessoal por que, em geral, nossa cultura inibe os homens. Sou grata por minha feminilidade: tanto pelas limitações quanto pelas bênçãos. Em minha fraqueza, Ele se revela.

Sou uma líder de adoração. Ao mesmo tempo, como líder, percebo que meu coração em relação à adoração é o que é por causa do meu relacionamento com Jesus, e não por ser mulher. Minha feminilidade definitivamente influenciará o que é comunicado através da minha adoração, mas meu desejo por intimidade com o Deus vivo falará mais alto. Isto vai muito além de uma questão de gênero.

Amo os períodos de celebração, de oração, de júbilo por que eles podem ser expressões significantes de amor e adoração a Deus.

A adoração que causa a minha devoção a Deus, que faz meu coração cantar, e sentir como se estivesse me "conectando" ao Senhor é a adoração que é terna, íntima e habitualmente serena. Há algo na ternura e na tranqüilidade que me atrai à Sua presença.

Ultimamente, minha tendência tem sido desculpar-me pela maioria dos períodos em que lidero uma adoração mais silenciosa, mas percebo que estou cedendo ao que verdadeiramente está em meu coração, e o que Deus tem formado em mim. Quando lidero, quero abraçar a adoração que sinto. Além do mais, tudo é sobre ele, não sobre nós! Minha esperança é que nós sejamos comprometidos em compreender para o que fomos chamados no Corpo de Cristo e então ser ou fazê-lo dentro de nossas melhores possibilidades: fazer melhor aquilo em que somos bons!
Tradução: H. Guther Faggion/Vineyard Music

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